lundi, novembre 04, 2013

Só colho flor do chão. Flor morta. 
Mas, pensando bem... Ao colher, creio que deixam de estar mortas, não é verdade?

RESSUSCITA-SE FLORES

jeudi, octobre 03, 2013

Até que enfim

Juntei do chão a primeira da estação.  :)



dimanche, juin 02, 2013

O nada-óbvio-utópico

Sofria - era essa a palavra - por tudo que desejava, ao mesmo tempo, em doses cavalares e sempre intensas. Era bom, mas sofria - de tão bom. Eram tantas as possibilidades, e a vida recém havia começado. Exatamente por isso é que não havia tempo a perder! Queria, e rápido, desvendar essas possibilidades mundo afora, ainda que fosse pra depois não escolher nenhuma delas e voltar pra casa - própria. Queria ter uma casa, aliás... Mas não havia tempo de ter uma casa, porque o mundo estava lá esperando, a casa que ficasse pra depois. Ou mundo, ou casa. Agora era diferente: queria tudo ao mesmo tempo, com muita música; O igual poderia esperar. Ficaria para quando já não restassem opções tão diversas e motivadoras de viver. 
Entretanto, nada estava assim, tão organizado: torcia para que esse futuro-igual-convencional não chegasse nunca!

jeudi, février 14, 2013

Criar - II

Falava da tal sensação boa de esquecer um amor com outro até esse também decepcionar tanto quanto os anteriores, mas enquanto isso não acontecia, preservava a mesma expectativa, da qual sempre se arrependia depois.

dimanche, février 03, 2013

Criar

Cristina criava galinhas. Sempre acharam um hábito meio avô-do-campo, julgamento que já não a incomodava. 

Já Teresa, atingida a idade adulta, passou a criar insetos. Abandonou a carreira de bióloga, mas permaneceu esse resquício e, obviamente, todo mundo comentava com estranhamento.

Pedro era artista. Criava histórias em quadrinhos, situação que, apesar de já ser bem diferente dos casos anteriores, compartilhava com eles o mesmo problema: o julgamento alheio.

Ana Maria, por sua vez, criava histórias. Mas, dessa vez, a questão era mais problemática: criava histórias; portanto, histórias falsas. E sobre as pessoas: era fofoqueira... Também era criticada.

Juarez, coitado... criava a própria forma de se sustentar: vendia assinaturas de revistas usando argumentos duvidosos. Não faltavam reclamações, além das dívidas de sempre.

Mas queremos falar, em especial, da Amanda. O caso dela não tem exatamente o mesmo fim, é complicado e doloroso. Esperemos que essa moça se recupere, pois as consequências são muito graves. Pode pôr tudo a perder na vida, que é sempre tão imprevisível. O sofrimento e as críticas, dessa vez, eram muito piores... 

Amanda - vejam só! - criava expectativa.