mercredi, décembre 17, 2008

À flor da pele



O que será?

mercredi, décembre 10, 2008

Mais letra de música

Valsinha

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E, cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

mardi, décembre 09, 2008

Postar letras de música

A gente só entende quando tem vontade. Mas é inútil pra quem lê.
Assim mesmo, postarei.

Medo de amar

Vire essa folha do livro e se esqueça de mim
Finja que o amor acabou e se esqueça de mim
Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz
E que ter medo de amar não faz ninguém feliz

Agora vá sua vida como você quer
Porém, não se surpreenda se uma outra mulher
Nascer de mim, como do deserto uma flor
E compreender que o ciúme é o perfume do amor

dimanche, décembre 07, 2008

O relógio biológico & o curso de Letras

Sábado, 0h07:

- Bah, que sonZZZZ...


Domingo, 8h57:

- Acordei cedo. O jeito é ler Mattoso Câmara Júnior & os vocábulos formais...

samedi, novembre 29, 2008

Táticas

Tentei não respirar, que era pro coração bater bem forte. Há algum tempo venho notando que é assim que acontece, então posso usar esse artifício contra ou a meu favor. Legal, né? Dá certa sensação de autonomia. A verdade é que descobri isso da pior forma, mas agora estou vendo o lado bom da coisa... ele sempre vem! Embora demore. Também aconteceu de meus olhos se nublarem, o que já havia ocorrido em alguns piores momentos da vida. Agora, entretanto, foi diferente: era quase descrença, de tão bom o motivo. Estaria sonhando?
Ah! Lembrei, agora! Também joguei a cadeira pra trás e coloquei as mãos no rosto, feito aquela vez. Eu não acreditava. Mas agora o motivo é outro. Agora é bom.

, agora canção

Conclusão utópica

Dizia que não lhe gostava
Talvez tática tímida
de quem sempre atormentava,
a ser um sonho da vítima.

samedi, octobre 04, 2008

A gota d'água

Enviado ao Correio do Povo

O atendimento telefônico do 190, da Brigada Militar, é simplesmente deplorável. Talvez haja exceções de vários funcionários, mas fui muito mal atendida por duas mulheres, que, simultaneamente, tentaram encerrar logo a ligação, sem responder à minha última pergunta, desligando o telefone na minha cara. Mesmo que não se tratasse de uma emergência, no sentido global da palavra, senti necessidade de ser amparada por alguma autoridade, já que o caso era de um estabelecimento com música absurdamente alta. Isso é profissionalismo? Há enorme descaso com a população, que não pode resolver sozinha todos os seus problemas, graves ou nem tanto, de ordem pública. Visto que a prefeitura também não faz nada, nesses casos, a quem recorrer, se estamos desamparados também pela Brigada Militar?

dimanche, septembre 14, 2008

Enganando momentos

Pensava que todos entenderiam suas piadas, não é que fosse estúpida ou inconveniente. Por que diabos os outros já saíam jogando pedras, se quem falhou em não compreender foram eles? Passou a pedir demasiados perdões, após certo tempo. Na dúvida, se desculpava: "é que já protagonizei maus bocados por culpa de minhas piadas ditas infames, então...", e fazia aquela cara de fazer-o-quê.
Já sentia certa amargura no espírito, pois não era mais a mesma - e a mesma, aliás, agradava-lhe bem mais. Envelhecia mais de esperança do que de pele. Porém, as idéias estavam lá, firmes. Mais formadas, talvez, do que seu corpo, que já não era mais o mesmo, também. Nada mais era a mesma coisa, e isso lhe causava certo misto de prazer em fugir da rotina com saudades de sentir-se menos confusa e mais ignorante - aquela ignorância boa, de quando viver parecia mais simples. Vontade de fugir ao passado ou ao futuro? A verdade é que o presente jamais a satisfaria por completo... quem sabe no futuro?
Outrora, buscava a felicidade em acontecimentos grandiosos que mudassem para sempre a sua vida, mas frustrou-se. Vem se frustrando, aliás, porque as ilusões - por serem passageiras - nada mais fazem do que isso: passar. E ficam passando, sem parar, cumprindo com uma obrigação melancólica, sequer desconfiando de que deveriam ir passear, em vez de ficarem ali, esclarecendo vida alheia. E quanto mais buscou (a felicidade), mais afastou (a felicidade). Não procurou tristezas... Por que raios elas apareceram?
Experimentou, então, desistir da longínqua felicidade plena e viver cada momento como se fosse o último. Mas o problema já veio na raiz: só era feliz durante esses momentos. E depois? Mais momentos. Certo, mas... e nos intervalos? Pausa para o lanche? Não sentia mais o gosto de nada, e já sentia-se bem alimentada de eternos meros momentos. O show tem que continuar, pensava - não há tempo para gulodices.
Mas nesse momento, enquanto criava estômago para seguir em frente, deu-se conta de que intervalos são muito comerciais. Não quis mais parar seu espetáculo toda hora e à toa, já que concluiu - sozinha - que não tinha nada de interessante pra fazer nesse meio tempo. E os intervalos só não foram mais comerciais porque não foram convincentes: descobriu que, emendando um momento no outro (se os costurasse bem nos intervalos), faria-os deixarem de ser momentos. Claro que não digeriu a idéia de primeira, mas foi pensando nisso, enquanto descia do palco imaginário que (não) criou e enquanto tirava a maquiagem que não cobria tanto os seus olhos que não pudesse enxergar o caminho de volta. De repente, fez uma piada para si mesma, e não a entendeu. Mas não pediu desculpas, apenas riu. Depois reparou, por acaso, que se sentia bem naquele momento. Era um momento de felicidade.

vendredi, juillet 25, 2008

É "cada um no seu quadrado", né?

De tempos em tempos, a tal vida prega peças. A vida, essa, que deve ser vivida intensamente - dizem os que não fazem isso. Todos têm o belo discurso chavão: o que realmente importa são as coisas simples da vida. E como o ser humano é um tipo engraçado, muitas falam isso na sala de espera da clínica, esperando para enfiar silicone: tanto nos peitos quanto na boca, à Jolie. (Tenho uma nova sugestão de onde enfiá-lo, mas acho que minha idéia não será bem aceita).
"Eu vivo um dia de cada vez, como se cada um deles fosse o último", diz o mega-fucker-empresário-pai-ausente, que dá todo seu suor pelo pão-nosso-de-cada-dia (seja o alimento da marca Peugeot, seja da Ford) de sua modesta família.

Aonde chegar com essas ironias? Em primeiro lugar, devo salientar que eu, nessa vida, me divirto. Sério. Depois de rir das piadas de muito mau gosto que a vida (estou precisando de sinônimos) faz, passo - finalmente - a refletir, com todo aquele ar grave de coisa importante. Diferente da maioria das pessoas, não sou PhD em viver. O que posso, portanto, é ensaiar meus passos, a partir do que me agrada, desde que não morra por alguma utopia. Equilíbrio? Busca eterna. Por isso mesmo, acho que dá para ser tão feliz errando e acertando sem parar, que chegamos até a ser egoístas com a Dona V. (achei!), pensando o contrário.

Se condeno futilidades? Claro que não. Que seja muito feliz quem as cultiva. O fato é que esse tipinho não deve se meter na possível felicidade dos outros! Pode parecer orgulho estúpido, mas cada um sabe o que é melhor para si. Por isso que dou a maior força, possível leitor, caso estejas pensando em trocar o carro de um ano atrás. Isso mesmo, faça-o! E me inclua fora dessa, beijostchau. Como seria ousadia demasiada afirmar que eu sei qual decisão é melhor para mim, mas que as outras pessoas não sabem o que é melhor para elas, respeito quem tem caprichos um pouco além do necessário - eu disse que respeito, não disse que não debocho -, afinal, são vítimas da sociedade de consumo, pobrezinhas.

Toda essa embromação quer dizer o seguinte: pensai antes de dar "conselhos", pois podeis estar falando merdas. Quem julga o que é merda e o que não é? Simples: não me peça para pensar em minha estabilidade financeira aos 22 anos. Vou recusar quantos empregos eu quiser, porque sempre agirei com motivos relevantes. E antes que se fale em necessidades, inúmeras delas são ilusões que nós criamos (ou não). Diferente do que dizem os publicitários, ofendidos...

... É por isso que faço Letras, e não vou largar.


vendredi, juillet 18, 2008

...

Maldito Byron.

lundi, juillet 07, 2008

Poema fujão

- Oi, tu não viu um poema passando por aqui?
Ele não tinha cor nem cheiro
E desconfio até que ainda nem era bem um poema,
pois veio à cabeça no pior momento,
quando não havia papel, caneta ou letra
sequer ânimo para o dar à luz,
e sumiu, em questão de segundos.

É um poema magro, de estatura mediana
Que nem sabe direito o seu papel no mundo
mas quer muito fazer a sua parte...

- Passou voando há pouco. Pra mim, estava fazendo arte...


Pronto, objetivo atingido: o poema está foragido.


mardi, juin 03, 2008

Bastidores

Às vezes me faço de Deus
e espreito o mundo de cima
o dia-a-dia sem cortes.

Meros mortais!
que nem imaginam ser todos iguais
a moça com suas fantasias,
e sonha com ela o rapaz

no meio da amarga rotina
se perdem pensando um no outro
fingindo que não é assim
ninguém vai saber, afinal!

que tal?
um jogo que não sei jogar
mas acho que não saio mal.
e o rapaz?

ninguém vai saber, afinal.

mercredi, mai 14, 2008

Felicidade eterna: por tempo determinado.

Era sem graça, sem graça demais
dela nada sabia,
exceto que era igual a todas
aparentando o clássico Reino dos Comuns
E comuns cansam!
E comuns atraem-se.
Que sejam felizes, portanto, mas não para sempre,
que comuns são muito passageiros - temporários.

O tempo só passa para os comuns.
Quero a eternidade!

mercredi, avril 23, 2008

Fora de Foco

Ando tão aleatória...

mercredi, avril 02, 2008

Competição além-espírito II

Ó, parede companheira
Juraste infidelidade alheia?
Confio em ti e sei que não me faltarás.

A parede que encurrala é a mesma que, um dia,
ataca o inimigo, afinal.
Vamos, parede, constranja, oprima!

Eu, que tenho (quase) toda a liberdade dessa sala,
posso contemplar os pássaros no céu.
Escolhi a janela e não tu, ó parede contraditória...

...por que permaneces em pé?


Toda parede faz um jogo psicológico. Se impõe, firme, até afastar os males pra bem longe.

lundi, mars 24, 2008

Incoerência

Me dizem que vai fazer sol
e saio de guarda-chuva
Na luta por não renunciar,
entrego minhas armas
Buscando sentido nas coisas
me encontro perdida em respostas
Só respostas
para as perguntas que não (me) fiz.

E me engano com as verdades
que, com muito esforço, criei.

mardi, mars 18, 2008

(In)exatas da vida

Não digam que não falei,
eu avisei
a pior temática é a má,
a mais má - temática
que de tão exata nos engana,
deixa de cama,
rouba-nos o fim de semana
tira delicadeza de dama: dama má - temática

Fez-me, essa malvada, um jogo não tão exato
o jogo da paciência...

A paciência é (má)temática!

jeudi, mars 13, 2008

Proparoxítona

(Des)complicada e sonora
Charmosa e imponente
Só três saltos até o coração da gente
O que pretendes, minha senhora,
ao declamares isso agora?

Quem sabe não se dá carona
aos sentimentos onipresentes
nessas sílabas tão suficientes,
convidando-os a seguir para a frente?

Venham sem cerimônia,
mas o espaço dá só pra um vivente

lundi, mars 10, 2008

Da série "escritos abandonados":

Eu não cozinho, tu cozinhas, ele também não cozinha, nós - é raro - cozinhamos, vós (vocês!) cozinhais, e eles...? Ora, eles que cozinhem!

mardi, mars 04, 2008

(Re)fôrma

Aurélio, Aurélio meu
o que será do "céu" sem o acento seu?

O que será dos poemas que vierem a exaltá-lo?
Terá, ele, o mesmo encanto de outrora?
Quando o poeta, taciturno, perdia-se em suas estrelas
A formar um abecedário de nuvens

Que fim levará o humilde tracinho,
que sempre equilibrou o meu céu?
Céu sonoro, céu tão doce...
tão eloquente, ó céu que dribla
qualquer obstáculo da língua!

É bem verdade: o céu precisa mudar
talvez ele tenha cansado de ser tão "ele mesmo"
Um céu, povo, também pode se rebelar!
E ele há de fazer a revolução
antes que o povo a faça.


* em 14/10/07

dimanche, mars 02, 2008

Luísa - Chico Buarque

Por ela é que eu faço bonito
Por ela é que eu faço o palhaço
Por ela é que saio do tom
E me esqueço no tempo e no espaço
Quase levito
Faço sonhos de crepon

E quando ela está nos meus braços
As tristezas parecem banais
O meu coração aos pedaços
Se remenda prum número a mais

Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
É pra ela que faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra Luísa dormir em paz


--------


* Parece que ele adivinhou o (futuro) nome de minha (futura) filha: Luísa, assim mesmo, como a do Primo Basílio. Poderei até cantar para ela dormir - em paz :)

mercredi, février 27, 2008

Ansiedade+ócio

Quatro da tarde: o que fazer, hoje, depois do almoço?

lundi, février 25, 2008

Intensidade

Reclamaram dos meus muitos
e eu fui ficando toda mais ou menos
Implicaram com os meus poucos
e eles viraram tantos...!

Será que nunca serei o bastante
ou sou um tanto demais?

mercredi, février 06, 2008

Quarta-feira ao meio-dia

Nas cinzas dessa quarta
por entre as serpentinas
o que sobrou foram apenas
lembranças amargas daquela quadra


Não há mais folia, e nem deveria
Só há tédio, feriado e nostalgia.



Como é possível (sobre)viver no País_do_Carnaval?

dimanche, janvier 27, 2008

Excesso de informação

Dor de cabeça, Dr. Protásio amanhã, se pah mais cega, sepá não, vida na mesma, a morte é certa, mas só daqui a tanto tempo, simulado, apagar o quadro, shhhh turma, não mãe, vinho pro fim de semana, www.fotolog.com/... hm, me_oster e afins, 1 minuto no microondas, alarme 9 horas, soneca, 9h05, soneca, 9h10, soneca, 9h15, parar... cadê o jornal, tem que assinar, porra, e a Fichinha, e o ensaio, o sotaque, tô com frio, quero lã boa, abaixa a TV, ler de madrugada, Natura, as colegas compram, peguem as carteirinhas, perdi a chuquinha, furei minha luva, queimei minha orelha, mas o cabelo tá bom, vamo tomá uma ceva, não dá, por que, porque não, a bala sete belo fura o coco, merda não peguei o guarda-chuva, adoro esses adesivos, mas onde eu colo, por que ele passa reto todo dia, tô atrasada, não concordo, tô com saudade, que cerveja boa, não acredito, como se faz?

mercredi, janvier 23, 2008

Sonho se tornando realidade













Era só o que eu precisava. O resto é resto e conseqüência.

mardi, janvier 15, 2008

Sonhei que eu estava voando...

...e assim, lá de cima, dava pra ver tudo o que acontecia na superfície.
Tudo tão superficial!

samedi, janvier 12, 2008

Síndrome do adjunto adverbial deslocado

Ele chega sem avisar, quando você menos espera
invade seu texto sem piedade, beibe!
você pensa que é apenas rebuscamento
mas não, esse vício pode pôr tudo a perder!!

Ele é o adjunto
Adjunto adverbial deslocaaaado, ôu iêêêê \o>
cuidado, garota, pois ele em excesso faz maaaalll al al al _o/...



(* em uma época como esta, nossos nervos ficam bêbados de ansiedade e cometem loucuras semelhantes, não reparem. Ao menos pintou uma canção! "o adjuntoooo... \o> \o_ .o. " )

vendredi, janvier 04, 2008

"Perdi 20 em 29 amizades"...

...mas ganhei o dobro disso, só nesse ano ;)


tchau.



E sim, viva Legião. Argum pobrema?

jeudi, janvier 03, 2008

Arte pela arte

Ando tão parnasiana!








... mas prometo mudar.

mardi, janvier 01, 2008

2008?

eu tô a memamerda de ontem.