vendredi, juillet 25, 2008

É "cada um no seu quadrado", né?

De tempos em tempos, a tal vida prega peças. A vida, essa, que deve ser vivida intensamente - dizem os que não fazem isso. Todos têm o belo discurso chavão: o que realmente importa são as coisas simples da vida. E como o ser humano é um tipo engraçado, muitas falam isso na sala de espera da clínica, esperando para enfiar silicone: tanto nos peitos quanto na boca, à Jolie. (Tenho uma nova sugestão de onde enfiá-lo, mas acho que minha idéia não será bem aceita).
"Eu vivo um dia de cada vez, como se cada um deles fosse o último", diz o mega-fucker-empresário-pai-ausente, que dá todo seu suor pelo pão-nosso-de-cada-dia (seja o alimento da marca Peugeot, seja da Ford) de sua modesta família.

Aonde chegar com essas ironias? Em primeiro lugar, devo salientar que eu, nessa vida, me divirto. Sério. Depois de rir das piadas de muito mau gosto que a vida (estou precisando de sinônimos) faz, passo - finalmente - a refletir, com todo aquele ar grave de coisa importante. Diferente da maioria das pessoas, não sou PhD em viver. O que posso, portanto, é ensaiar meus passos, a partir do que me agrada, desde que não morra por alguma utopia. Equilíbrio? Busca eterna. Por isso mesmo, acho que dá para ser tão feliz errando e acertando sem parar, que chegamos até a ser egoístas com a Dona V. (achei!), pensando o contrário.

Se condeno futilidades? Claro que não. Que seja muito feliz quem as cultiva. O fato é que esse tipinho não deve se meter na possível felicidade dos outros! Pode parecer orgulho estúpido, mas cada um sabe o que é melhor para si. Por isso que dou a maior força, possível leitor, caso estejas pensando em trocar o carro de um ano atrás. Isso mesmo, faça-o! E me inclua fora dessa, beijostchau. Como seria ousadia demasiada afirmar que eu sei qual decisão é melhor para mim, mas que as outras pessoas não sabem o que é melhor para elas, respeito quem tem caprichos um pouco além do necessário - eu disse que respeito, não disse que não debocho -, afinal, são vítimas da sociedade de consumo, pobrezinhas.

Toda essa embromação quer dizer o seguinte: pensai antes de dar "conselhos", pois podeis estar falando merdas. Quem julga o que é merda e o que não é? Simples: não me peça para pensar em minha estabilidade financeira aos 22 anos. Vou recusar quantos empregos eu quiser, porque sempre agirei com motivos relevantes. E antes que se fale em necessidades, inúmeras delas são ilusões que nós criamos (ou não). Diferente do que dizem os publicitários, ofendidos...

... É por isso que faço Letras, e não vou largar.


vendredi, juillet 18, 2008

...

Maldito Byron.

lundi, juillet 07, 2008

Poema fujão

- Oi, tu não viu um poema passando por aqui?
Ele não tinha cor nem cheiro
E desconfio até que ainda nem era bem um poema,
pois veio à cabeça no pior momento,
quando não havia papel, caneta ou letra
sequer ânimo para o dar à luz,
e sumiu, em questão de segundos.

É um poema magro, de estatura mediana
Que nem sabe direito o seu papel no mundo
mas quer muito fazer a sua parte...

- Passou voando há pouco. Pra mim, estava fazendo arte...


Pronto, objetivo atingido: o poema está foragido.