samedi, janvier 31, 2009

Magra, infeliz e... morta.

Verão. Tempo de exibir o que mais orgulha a alguns: o corpo. O problema é que está cada vez mais difícil de ver alguém com esse orgulho: o maldito está sempre engordando! Nem filhos recebem castigos tão penosos de seus pais como os corpos recebem de seus donos. Sejam esses donos pais (ou mães) ou não, são capazes de passar dias sem almoçar - e aí já se pressupõe também "sem jantar" - para acompanhar o emagrecimento agudo de suas carcaçasDIGO, de seus sarados corpos. Tipo esquisito, não? Talvez alguma espécie de alienígena mais obscura do que a do simpático E.T. Eis que, ainda adolescente ou mesmo no início da vida adulta, um ser humano consegue, não comendo, no mínimo bulimia ou anorexia. No máximo, morte. Entre 40 e 50 anos, esse mesmo ser humano já não tem o mesmo metabolismo e pode passar a engordar com mais facilidade, isso é fato. Também já não tem o mesmo sistema imunológico, entretanto, e pode passar a morrer com mais facilidade, caso não ingira alimentos.

Dizem que comer é muito bom. Causa mais felicidade, também.
Experimente! Sua vida agradece.

mercredi, janvier 21, 2009

Olhou-se no espelho e não reconheceu a mesma pessoa de minutos atrás. Não havia motivo para isso, necessariamente, mas ainda assim estranhou. Já faz tempo que tem idéias a seguir e verdades a contrariar, mas as forças opostas insistem em achar que sempre vencem e então a tal pessoa (a de fora do espelho) acaba voltando para lá, no chamado "banco dos réus" - se lhe permitem o drama (que na verdade bem ilustra, apesar de exagerado).



Nada mais.

mercredi, janvier 14, 2009

(Chega de?) saudade

Hoje senti falta deles. "Falta"? Que falta, falta. No entanto, não sei se eu deveria sentir que falta alguma coisa. Primeiro a gente torce por separações, depois se pega em momentos gays, sentindo um não-sei-quê de nostalgia - ou de tristeza, mesmo, que nostalgia é pra ser algo bom. Acho.
Será a música, cada vez mais presente, que gera esse clima melancólico? Bom, santa ela não é. Mas é coisa pouca pra ser o motivo.
Será o maldito líquido espesso e amarelado, também muito presente, o crucificado da vez? Ele sempre é, mas poupemo-lo (dessa vez).

Descoberta tardia: o culpado da tal saudade foi um simples caderninho de anotações - telefônicas ou não -, cotidiano tão perdido no tempo que até dificulta qualquer rememorar, mas que entristece, mesmo assim.

mercredi, janvier 07, 2009

Por trás da máscara

O poeta é um engenheiro - de obras feitas. Se aproveita do que é óbvio para construir, em meio a versos chantagistas, um mundo de verdades aparentemente novas. O que está claro, entretanto, é que todo mundo já cansou de ser ameaçado com os sentimentos desse "engenheiro de versos". Por que reclamas de barriga cheia, inspirador dos céus? Já não bastam as lágrimas (já) derramadas junto aos escombros de estrofes mal construídas, engenheiro das alturas? O que já está ali, pronto, não é mais novidade. Nada de sair colocando nome no que já tem (ou nem precisa de) dono. Ah, está faltando graça, entendo. Outra perspectiva? Algum adorno? Poeta, meu poeta, engenheiro dos (próprios) sonhos, também ousas ser arquiteto?