Às vezes me faço de Deus
e espreito o mundo de cima
o dia-a-dia sem cortes.
Meros mortais!
que nem imaginam ser todos iguais
a moça com suas fantasias,
e sonha com ela o rapaz
no meio da amarga rotina
se perdem pensando um no outro
fingindo que não é assim
ninguém vai saber, afinal!
que tal?
um jogo que não sei jogar
mas acho que não saio mal.
e o rapaz?
ninguém vai saber, afinal.
1 commentaire:
Mélisse:
a estrofe inicial, em três versos, está perfeita como poema. Limada, azeitada, o que for: poesia na agudeza verbal de não cair em derramamentos, em prosaísmo. O restante do poema (que azar o teu, hem, ser logo lida por um cri-crítico...) vale pela idéia, sempre boa (não achei ainda uma idéia tua que não se justifique, que não tenha consistência como matéria estética e/ou de reflexão), mas traz gordura verbal ao poema, que fica comentado demais e perde a música inicial. Fico com a poesia legítima da primeira estrofe e a perspicaz observação de vida das demais.
Clap, clap e beijinho.
Já virei teu leitor.
Enregistrer un commentaire