O poeta é um engenheiro - de obras feitas. Se aproveita do que é óbvio para construir, em meio a versos chantagistas, um mundo de verdades aparentemente novas. O que está claro, entretanto, é que todo mundo já cansou de ser ameaçado com os sentimentos desse "engenheiro de versos". Por que reclamas de barriga cheia, inspirador dos céus? Já não bastam as lágrimas (já) derramadas junto aos escombros de estrofes mal construídas, engenheiro das alturas? O que já está ali, pronto, não é mais novidade. Nada de sair colocando nome no que já tem (ou nem precisa de) dono. Ah, está faltando graça, entendo. Outra perspectiva? Algum adorno? Poeta, meu poeta, engenheiro dos (próprios) sonhos, também ousas ser arquiteto?
2 commentaires:
Dos melhores textos teus: desaforado, iluminado, corajoso, inverte a ordem da criação e do criador, embaralha obra e leitura, e, ainda por cima, cria em cima de tudo isso, desfazendo os que (pretensamente) fazem. Uau!
O poeta é um plagiador?
heheheheheh!
Amei!
:P
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