Não temos amor próprio. Gostamos é de um outro(a) que reside dentro de nós. Chegamos a idolatrar esse ser, pois, diferente do nosso verdadeiro eu, esse outro tem uma imagem a zelar: falo dele mesmo, o ego. Um cara perfeito, latino de nascença, com lábia e charme de sobra. Não fazemos nem sombra perto de nosso ego. Ele é fashion. Colorido. Está sempre tentando provar algo a (ou de) alguém, isso quando se presta a esse trabalho... afinal de contas, quer coisa mais unânime que o reinado desse nosso "outro eu"?
O ego engana a todos, até a nós mesmos - mas não a si. Engana, inclusive, que é outra pessoa, quando na verdade não passa de um quê de carência dentro de nós. O seu (ou o nosso?) orgulho ferido não lhe permite admiti-lo, no entanto, porque sua existência autônoma depende unicamente de uma personalidade própria. Como ele não tem uma, rouba a nossa.
O ego é ladrão.
O ego engana a todos, até a nós mesmos - mas não a si. Engana, inclusive, que é outra pessoa, quando na verdade não passa de um quê de carência dentro de nós. O seu (ou o nosso?) orgulho ferido não lhe permite admiti-lo, no entanto, porque sua existência autônoma depende unicamente de uma personalidade própria. Como ele não tem uma, rouba a nossa.
O ego é ladrão.
2 commentaires:
Belo post. Nem vou comentar sobre ele estar em sintonia com o que penso, porque quase tudo que tu escreve está.
Marcelo
(usando escondido a conta do seguro e arrogante El Macbee)
AHAM. e é um baita larápio. escribiste muy bien, chica, a respecto.
Enregistrer un commentaire