Para não começar dizendo que tudo o que é bom dura pouco, permita-me refletir sobre algo mais complexo ou mesmo biruta: o que é bom?
Não são poucas as vezes em que, ao protagonizar situações nas quais deixamos de obter as vantagens ou os prazeres de sempre, julgamo-nos azarados. Passado um tempo, o trauma acaba virando lição de vida. Estou errada? Ser-humano algum admitirá, no passado em questão, que não sabe o que é melhor pra si. E está mais do que certo. Na hora, sempre sabemos. Entretanto, mais além, não só os outros sabem como nós mesmos sabemos que nada sabíamos. E daí?
Que bom. Assim, a sensação de azar passado fica apenas nesse (remoto ou não) passado. A impressão de aprendizado impera diante desse confuso paradoxo entre certo & errado. Ah, mas antes de dar errado... Como é bom! Um sentimento "bom", seja qual for, não está preocupado em ser legítimo ou consequente. Se parar pra pensar, estraga. Ele quer se sentir e sentir ao outro, por completo e sem medo, como se qualquer desconfiança de alguma relatividade arrancasse de vez essa certeza intensa - e, por vezes, assustadora - de que era o momento perfeito.
Talvez esse paradoxo todo seja como a saudade de algo de que não fazemos questão que volte - e isso é uma das melhores coisas que se sente, tão-somente por se sentir. Sem cobrança. Fica só na lembrança.
Tudo a seu tempo: que os prazeres do passado tenham eternamente o seu lugar na memória, não importando se já não são mais verdadeiros ou se ainda são. No futuro, cabe a eles a decisão de continuarem encantadores ou de apenas ficarem na história.
Não são poucas as vezes em que, ao protagonizar situações nas quais deixamos de obter as vantagens ou os prazeres de sempre, julgamo-nos azarados. Passado um tempo, o trauma acaba virando lição de vida. Estou errada? Ser-humano algum admitirá, no passado em questão, que não sabe o que é melhor pra si. E está mais do que certo. Na hora, sempre sabemos. Entretanto, mais além, não só os outros sabem como nós mesmos sabemos que nada sabíamos. E daí?
Que bom. Assim, a sensação de azar passado fica apenas nesse (remoto ou não) passado. A impressão de aprendizado impera diante desse confuso paradoxo entre certo & errado. Ah, mas antes de dar errado... Como é bom! Um sentimento "bom", seja qual for, não está preocupado em ser legítimo ou consequente. Se parar pra pensar, estraga. Ele quer se sentir e sentir ao outro, por completo e sem medo, como se qualquer desconfiança de alguma relatividade arrancasse de vez essa certeza intensa - e, por vezes, assustadora - de que era o momento perfeito.
Talvez esse paradoxo todo seja como a saudade de algo de que não fazemos questão que volte - e isso é uma das melhores coisas que se sente, tão-somente por se sentir. Sem cobrança. Fica só na lembrança.
Tudo a seu tempo: que os prazeres do passado tenham eternamente o seu lugar na memória, não importando se já não são mais verdadeiros ou se ainda são. No futuro, cabe a eles a decisão de continuarem encantadores ou de apenas ficarem na história.
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