Após a despedida, baixou a cabeça para enxergar os degraus da escada que desceria - caso contrário, veria por fora dos óculos - e, por muito tempo, não levantou-a mais. Aproveitando o momento, começou a refletir sobre o que via para baixo, como seus tênis, a areia no chão do coletivo... Mas, no meio do caminho, havia pernas. Dando-se conta de que eram suas, tentou fingir que elas lhe dariam sustentação para seguir em frente. Mas não acreditou. Ora bolas, quem não tem pernas? Quem não anda? Seguir em frente é outra coisa!
Se, no entanto, vocês não entenderem a metáfora, considerem que não levantou mais do banco naquele dia.
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