lundi, juillet 07, 2008

Poema fujão

- Oi, tu não viu um poema passando por aqui?
Ele não tinha cor nem cheiro
E desconfio até que ainda nem era bem um poema,
pois veio à cabeça no pior momento,
quando não havia papel, caneta ou letra
sequer ânimo para o dar à luz,
e sumiu, em questão de segundos.

É um poema magro, de estatura mediana
Que nem sabe direito o seu papel no mundo
mas quer muito fazer a sua parte...

- Passou voando há pouco. Pra mim, estava fazendo arte...


Pronto, objetivo atingido: o poema está foragido.


3 commentaires:

DejoLoka a dit…

ah esses fujões... xP~

também tenho blogUE!

Anonyme a dit…

"pois veio à cabeça no pior momento,
quando não havia papel, caneta ou letra
sequer ânimo para o dar à luz,
e sumiu, em questão de segundos."
eu gostei dessa parte :DD

bem espontânea.

Anonyme a dit…

Lembrei do Drummond e do Quintana, que têm poemas sobre a poesia precária, extraviada, sem dar-se sob a forma de poema, e, no entanto, os tomando por inteiro. Já viste que a idéia é boa... Tu tens faro, moça! Parabéns.

Beijo.